Tendo em conta que vivemos num século em que a esperança média de vida é cada vez maior, com este fator surgem novas questões, desafios e necessidades. Assim, a comunidade científica tem vindo a debruçar-se, cada vez mais, nas alterações cognitivas junto da população idosa, com particular enfoque na memória e em formas de prevenir a sua deterioração ao longo do tempo. Juntamente com o envelhecimento, surgem os quadros demenciais, sendo que, segundo a “The World Alzheimer Report 2021”, a demência constitui a 7ª causa mais comum de morte a nível mundial.
Neste sentido, torna-se pertinente preservar ao máximo a capacidade cognitiva da população geriátrica, de forma a garantir-lhes uma boa qualidade de vida, e conferir-lhes alguma sensação de independência e controlo nas suas vidas.
Assim, a estimulação cognitiva tem vindo a mostrar-se eficaz na prevenção e atraso da deterioração de algumas capacidades cognitivas, na diminuição dos sintomas de ansiedade e depressão e, em geral, na promoção de um envelhecimento saudável.
Na NeuroVida, desenvolvemos 4 tipos de intervenção cognitiva com os pacientes, nomeadamente:
- Treino cognitivo: Tal como o nome indica, envolve a prática de atividades ou tarefas que procuram desenvolver ou manter uma capacidade cognitiva em específico (e.g. memória, raciocínio lógico, atenção, etc.). Estas atividades são realizadas de junto pacientes com défices mais acentuados num determinado domínio;
- Treino cognitivo combinado com estimulação elétrica transcraniana: aliado ao treino cognitivo, estimulação elétrica transcraniana promove a neuroplasticidade potenciando o treino cognitivo, traduzindo-se numa melhoria cognitiva mais eficaz a longo prazo;
- Reabilitação Cognitiva: Abordagem individual, que envolve a prática de atividades específicas de forma a melhorar e/ou recuperar, de forma progressiva, dificuldades específicas do quotidiano (ao invés de melhorar o desempenho de tarefas cognitivas específicas). O envolvimento da família, neste tipo de abordagem, é essencial, no sentido de auxiliar o cumprimento dos objetivos estabelecidos pelo e/ou para o paciente.
- Estimulação cognitiva: Realização de atividades/tarefas que procurem a melhoria das capacidades cognitivas e do funcionamento social de uma forma global, sem objetivos específicos.
