Parkinson: como lidar com as limitações da doença 

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Doença de Parkinson. Esta data evoca o nascimento de James Parkinson, o médico que em 1987 descreveu pela primeira vez a Doença de Parkinson (DP) como paralisia agitante (shaking palsy). Atualmente, a Doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, afetando mais de 1% da população com mais de 65 anos, e estimando-se que a prevalência alcance o dobro em 2030.

O que é a Doença de Parkinson?

A Doença de Parkinson (DP) é uma perturbação neurológica do movimento, progressiva e degenerativa. É causada pela morte de células que produzem um neurotransmissor, chamado dopamina numa determinada área do cérebro (substância nigra).

Quais são os sinais e sintomas?

Os sintomas motores iniciais podem ser:

  • Bradicinesia (lentidão dos movimentos)
  • Rigidez muscular (falta de flexibilidade)
  • Tremor em repouso
  • Dificuldades na marcha


Para além dos sintomas motores, a DP está também associada a sintomas não motores, sendo o declínio cognitivo até seis vezes mais comum do que na população saudável, e parte integrante do curso natural da doença. A disfunção executiva e o compromisso visuo-espacial são comuns e podem ser acompanhados por défices na memória, o que aumenta o risco de desenvolver demência.

Com a progressão da doença, surgem outros sintomas, tais como, dificuldade no equilíbrio, instabilidade postural, excesso de salivação, dificuldades para falar e deglutir, alterações do humor e perda de olfato.

Como tratar a Doença de Parkinson?

Atualmente, a DP não tem cura. No entanto, a reabilitação neurológica multidisciplinar desempenha um papel fundamental na manutenção da qualidade de vida dos pacientes.

Fisioterapia

A fisioterapia tem-se mostrado fundamental para a melhoria significativa na qualidade e velocidade da marcha, e melhoria da força e equilíbrio muscular dos membros inferiores.

Terapia Ocupacional

A terapia ocupacional através do treino de atividades de vida diária aumenta a autonomia e o autocuidado dos pacientes, e as terapias em grupo permitem o treino das capacidades de comunicação e o desenvolvimento da socialização.

Terapia da Fala

Os pacientes apresentam muitas vezes hipofonia e dificuldades para iniciar a fala, e por isso, a terapia da fala é essencial para a melhoria da comunicação. Também, o treino direcionado para a disfagia, sintoma comum na doença, permite aumentar a força dos músculos de deglutição e respiração, prevenindo assim complicações associadas à disfagia.

Treino Cognitivo e Psicoterapia

O treino cognitivo, também se tem demonstrado uma mais-valia para atrasar a evolução da doença, melhorando a capacidade de memória de trabalho, as funções executivas e a velocidade de processamento.

Por sua vez, a psicoterapia, e em particular, a psicoterapia cognitivo-comportamental revela-se eficaz na diminuição da sintomatologia depressiva e ansiógena, possibilitando uma maior capacidade para lidar com os obstáculos da doença.

Estimulação Cerebral não Invasiva

A Estimulação Cerebral não Invasiva tem um potencial neuromodulador que pode ser usado para o tratamento de sintomas da Doença de Parkinson.

Em particular, a aplicação de Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) tem demonstrado melhorar alguns dos sintomas motores, nomeadamente, a velocidade da caminhada, a eficiência da marcha, a lentidão e o tremor. Também, nos sintomas não motores (humor, cognição, comportamento, linguagem, etc) a EMT tem efeitos benéficos na fala, disfunção cognitiva e depressão.

Por sua vez, a Estimulação Elétrica Transcraniana, apresenta benefícios na melhoria da cognição global e do comportamento.

Na NeuroVida encontra uma equipa especializada na Doença de Parkinson e um tratamento multidisciplinar que combina as terapias convencionais com a Estimulação Cerebral Não Invasiva.

Se tiver alguma dúvida sobre estas técnicas ou se o tratamento o pode ajudar, contacte-nos através do formulário abaixo.

Sobre o Autor

A NeuroVida é uma instituição médica de neurologia e neurociências, pioneira em Portugal, que presta atenção integrada e interdisciplinar de cuidados a doentes do foro neurológico e neuropsiquiátrico. 

A clínica conta com uma equipa de especialistas em diversas áreas interdisciplinares liderada pelo Dr. Lázaro Álvarez, neurologista e neurocientista com mais de 30 anos de experiência.

Se quiser saber mais sobre a clínica ou a sua equipa médica, recomendamos-lhe que visite o nosso site oficial.

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