Coronavírus: como enfrentar a ansiedade?

A realidade que vivemos atualmente surgiu de forma inesperada e veio repentinamente lembrar-nos da nossa fragilidade humana perante a vida. Neste cenário impremeditado de pandemia, é natural o medo, a ansiedade e a angústia tecerem lentamente o seu caminho até nós.
A pandemia da COVID-19 causa não só graves ameaças à nossa saúde física, mas também desencadeia uma grande variedade de problemas psicológicos, entre eles, o pânico geral.
Em particular, a implementação da quarentena tem mantido um grande número de pessoas em isolamento, trazendo consequências prejudiciais e muito significativas em vários aspetos da vida das pessoas.
O isolamento e a inatividade podem desencadear e/ou agravar uma grande variedade de problemas psicológicos, tais como perturbações de pânico, dificuldade em dormir, dificuldade em se concentrar, ansiedade e depressão.
As emoções negativas (por exemplo, a ansiedade, a depressão e a indignação) e a sensibilidade para os riscos aumentaram devido ao isolamento, enquanto os índices de emoções positivas (por exemplo, a satisfação) têm vindo a diminuir.
A maioria das pessoas que passou a maior parte das últimas semanas em casa, preocupadas com o futuro e a pensar quando é que a vida voltará à normalidade, sofrem bastante com alguns destes problemas.
As notícias da propagação do vírus na Europa (Itália e Espanha), o rápido aumento do número de mortes nesses países, e o crescente número de infetados pelo novo coronavírus tem vindo a agravar o sentimento de medo e a incerteza.
É expectável e normal sentir ansiedade, angústia, medo e incerteza dada as circunstâncias da situação extraordinária que vivemos. O importante, neste momento, é aprender a gerir a ansiedade e ter a confiança de que é capaz de controlar os sentimentos e pensamentos negativos.

Se você se mostra ansioso, procure ajuda profissional.


Um estudo de grande escala (Qiu J, et al. General Psychiatry 2020;33: e100213) sobre a angústia psicológica na população geral da China durante o pico da epidemia da COVID-19 demonstrou que à medida que o tempo passa, os níveis de angústia tendem a diminuir significativamente.
Na fase de mitigação da pandemia, na qual nos encontramos atualmente, garantir acompanhamento psicológico durante a quarentena através da telemedicina, e oferecer informações de saúde verídicas, atempadas e de fácil compreensão, pode ser de grande ajuda para muitas pessoas.
Na NeuroVida, a equipa de psicologia, com recurso às TICs (telemedicina) está ao dispor para o apoio das pessoas com perturbação de ansiedade, além de proporcionar informação veraz e útil para melhor compreender o que deve fazer para evitar e gerir a ansiedade associada ao isolamento e à mudança súbita do estilo de vida devido à quarentena.
Deixamos ainda, algumas recomendações para gerir a ansiedade associada à COVID-19:
• Controle o acesso à informação evitando informações excessivas
• Procure evidências da realidade utilizando fontes credíveis
• Use as redes sociais como aliadas
• Mantenha uma atitude otimista e objetiva
• Procure ajuda se a ansiedade provocar sofrimento emocional
Se sente que tem ou que poderá estar a desenvolver alguma sintomatologia psicológica que está a perturbar o seu dia-a-dia, como por exemplo a acima referida (ansiedade, angústia, depressão, etc), os nossos serviços estão abertos e disponíveis para apoiar e ajudar. Pode contactar-nos diretamente para o 211 535 300 ou para o email [email protected].

Sobre o Autor

A NeuroVida é uma instituição médica de neurologia e neurociências, pioneira em Portugal, que presta atenção integrada e interdisciplinar de cuidados a doentes do foro neurológico e neuropsiquiátrico. 

A clínica conta com uma equipa de especialistas em diversas áreas interdisciplinares liderada pelo Dr. Lázaro Álvarez, neurologista e neurocientista com mais de 30 anos de experiência.

Se quiser saber mais sobre a clínica ou a sua equipa médica, recomendamos-lhe que visite o nosso site oficial.