Desde há 3 décadas que a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) tem vindo a ser utilizada na práctica clínica, pelo que têm sido realizados imensos estudos com vista a avaliar a segurança deste método, sendo que até ao momento considera-se como risco mais grave o seu potencial para causar uma convulsão.
Em 1998 foram estabelecidas as primeiras normas de segurança para a EMT repetitiva (pulsos magnéticos administrados em trens consecutivos) e, em 2009 voltaram a publicar-se as recomendações para um uso seguro da EMT repetitiva, sendo estimado um risco de convulsão de 1 em cada 10.000 sessões de tratamento.
Investigadores comprovam a segurança da EMT
Uma das mais recentes investigações para quantificar o risco de convulsão por EMT, bem como a ocorrência de outros eventos adversos, foi conduzida por uma equipa norte-americana e aceite para publicação na revista científica Clinical Neurophysiology.
Esta equipa de médicos e investigadores utilizou a EMT de 2012 até 2016, e os seus resultados oferecem uma abrangente avaliação da segurança da EMT e, em particular, a taxa à qual as convulsões ocorrem em vários protocolos de estimulação.
No total, foram registadas apenas 24 convulsões em 318.560 sessões (ou seja, 8 convulsões por cada 100.000 sessões), e apenas 4 destas 24 crises (17%) ocorreram em indivíduos sem risco prévio de convulsão. Ou seja, a probabilidade de convulsão em pessoas sem um risco acrescentado é de apenas 1 em cada 80.000 sessões.
Experiência do uso da EMT na NeuroVida
Na NeuroVida, além de seguirmos as directrizes acima referidas, fazemos rigorosa selecção e avaliação dos pacientes, incluindo estudos eletroencefalográficos para garantir a minimização do risco.
Até a data, com mais de 1500 sessões administradas na nossa clínica, não ocorreu nenhuma convulsão, complicação ou efeito adverso maior.