
Uma das principais dificuldades que os utentes apresentam após um AVC são as alterações no padrão de marcha, pois apesar de dois terços dos pacientes conseguirem caminhar cerca de 6 meses após o AVC, as alterações no padrão de marcha persistem na fase crónica, e limitam a capacidade de andar longas distâncias.
Por este motivo, uma das principais prioridades durante o processo de reabilitação na fase crónica após lesões adquiridas do cérebro, é melhorar a capacidade de caminhar autonomamente, mas de forma eficiente e segura.
A prática intensiva de uma série de tarefas funcionais, tais como manter o equilíbrio, sentar/levantar, transferir o peso, e o treino de marcha, tem vindo a ser eficaz na recuperação da capacidade de andar, ainda que em fase crónica pós-AVC.
A intervenção fisioterapêutica da marcha visa a sua optimização:
- Aumentando a força e o controlo muscular
- Treinando o ritmo e a coordenação
- Combinando exercícios de alongamentos, força, carga, e caminhada em circuitos estimulantes e em passadeiras com suspensão
- Apoiados pela estimulação eléctrica neuromuscular funcional e, mais recentemente, estimulação cerebral não-invasiva
Em sucessivas publicações iremos abordar este tema, apresentando a nossa própria experiência. Hoje, avançamos com um vídeo de treino de marcha em AVC previamente publicado, mas adequado para ilustrar o que pretendemos transmitir.