
Estratégias modernas de reabilitação neurológica da mão parética pós-AVC
O treino baseado em actividades (por exemplo, fisioterapia ou terapia ocupacional) pode melhorar os resultados, sugerindo-se que doses mais altas de terapia baseada em actividades direccionadas às funções melhoram a recuperação motora do membro parético após o AVC.
Isto foi demonstrado por uma equipa de investigadores do Hospital Neurológico de Londres. Eles descobriram que providenciar aos pacientes uma dose elevada de terapia de reabilitação (3 semanas, 90 horas de reabilitação focada no membro superior) na fase crónica do AVC, produz ganhos clinicamente significativos e duradouros na função motora.
O estudo incluiu 224 pacientes (com uma condição média de 18 meses após AVC) que completaram este programa de reabilitação intensiva. 6 meses após o programa, três quartos dos pacientes haviam alcançado no mínimo uma diferença clinicamente importante.
Os resultados confirmam que: “Apesar de tratar pacientes com uma ampla gama de incapacidades, conseguimos mostrar uma grande magnitude de mudança, tanto ao nível da diminuição da incapacidade, como do aumento da actividade diária.”
No entanto, muitos pacientes não recebem altas doses de terapia de reabilitação após um acidente vascular cerebral, por razões que incluem factores económicos, dificuldade no acesso às terapias e existência limitada de instituições especializadas em reabilitação neurológica, entre outras.

“A investigação comentada demonstra evidência clara de que a reabilitação intensiva em fase crónica pode resultar em ganhos clinicamente significativos. Contudo, é igualmente necessário aprofundar quais os factores que condicionam a variabilidade da resposta à reabilitação, de forma a ter um prognóstico individual quanto à potencialidade de recuperação, bem como as técnicas mais eficazes a utilizar
Os estudos actuais da fisiologia cortical e motora têm facilitado a prescrição pessoal destas terapias intensivas e a sua combinação com outras tecnologias capazes de potenciar a recuperação em fase crónica, nomeadamente, a estimulação cerebral não-invasiva.”
A Neurovida, clínica médica líder no sector, confirma ganhos duradouros do membro parético na fase crónica do AVC
Gostaríamos de partilhar o caso de sucesso de uma das nossas pacientes, de 42 anos, que sofreu um AVC isquémico direito em 2015.
A doente apresentou-se para avaliação em Terapia Ocupacional no dia 28 de Março de 2019, onde apresentava o membro superior esquerdo em padrão, com flexão do punho e dedos, flexão do cotovelo, supinação do antebraço, rotação externa e abdução do ombro, e elevação da escápula.
Após a intervenção, na reavaliação efectuada no dia 3 de Maio de 2019, foi possível observar uma diminuição do padrão flexor do MS esquerdo, com abertura da mão e extensão dos dedos, um maior controlo motor a nível dos movimentos do ombro, cotovelo e punho. A comparação da Goniometria activa do MSE resultou em:
Ou seja, há ganhos na funcionalidade e redução da espasticidade no MSE apenas em 4 semanas (20 sessões) de terapia ocupacional intensiva combinada com estimulação magnética transcraniana inibitória do hemisfério são.
Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado.
– Albert Einstein
Saiba mais sobre a estimulação cerebral não-invasiva em casos de AVC:
- Estimulação magnética transcraniana: uma poderosa aliada na reabilitação neurológica
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