O contexto de prestação de cuidados pode ser assumido de duas formas distintas: uma no âmbito do cuidador formal e outra no âmbito do cuidador informal.
No cuidado formal, a prestação de cuidados é executada por profissionais qualificados, os quais são designados cuidadores formais, existindo uma preparação para o desempenho desse papel estando esses integrados numa actividade profissional e remunerada.
O cuidador informal é uma pessoa, com relação familiar ou não, que presta assistência a outra que se encontra numa situação dependente de cuidados, sendo que, em muitos casos, o cuidador e a pessoa que precisa de ajuda até vivem na mesma casa.
Novos estudos evidenciam que a maior dificuldade com a qual o cuidador informal se defronta prende-se com a exigência inerente ao ato de cuidar. Foram identificadas como principais dificuldades:
- Garantir a continuidade de cuidados médicos e de enfermagem
- Monitorização das condições do estado de saúde
- Assistência na mobilidade
- Apoio emocional
- Componente económica
Na maioria das vezes, o apoio à pessoa dependente transforma-se em sobrecarga do cuidador. A incapacidade de lidar com todas estas variáveis levam o cuidador a situações de desgaste e fadiga, aparecendo frequentemente situações de burn out.
Vários esforços têm sido realizados para incentivar o cuidador, para além do simples ato de cuidar, a apostar na integração do doente na sociedade, uma vez que o seu envolvimento em situações de vida é parte fundamental do seu processo de recuperação e autonomização.
É claro que a qualidade e a quantidade da participação do doente com AVC na sociedade são afectadas pelo ambiente e pelas características do indivíduo, no entanto, o futuro da reabilitação passará cada vez mais por promover esta reintegração.