Um estudo realizado em conjunto por investigadores do Hospital Geral de Massachusetts (EUA) e do Instituto Karolinska (Suécia) documentou, pela primeira vez, a existência de uma inflamação generalizada no cérebro de pacientes com Fibromialgia.
Esta descoberta possibilitará uma redução do estigma presente nesta doença, uma vez que a maioria dos pacientes são confrontados com a ideia de que os seus sintomas são imaginários ou psicológicos, e que na realidade não há nada de errado com a sua saúde.
Em ambos os Centros Médicos foi demonstrada uma activação da microglia (uma célula imunitária responsável pela resposta inflamatória no cérebro) em várias regiões do cérebro de pacientes com Fibromialgia, significativamente superior ao grupo de participantes saudáveis.
Esta é mais uma evidência da origem neuropática da dor e da natureza inflamatória da Fibromialgia, contribuindo para que esta condição seja entendida como uma doença, ao invés de uma perturbação funcional.
A Estimulação Transcraniana de Corrente Contínua (ETCC) do córtex motor demonstrou ser eficaz na diminuição da dor na Fibromialgia, induzindo também a regulação da expressão da microglia no córtex. Desta forma, a ETCC parece actuar não apenas sobre a neuro-inflamação, mas também nos mecanismos centrais da génese da dor crónica na Fibromialgia (para saber mais, clique aqui).