Uma recente revisão sistemática e meta-análise, publicada na revista Neuroscience & Biobehavioral Reviews de Setembro de 2018, confirmou a eficácia da Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr), e de outras técnicas de estimulação cerebral não-invasiva, no tratamento da Depressão, e expandiu os resultados prévios sobre a sua utilidade na prática clínica.
Neste artigo, a comparação das diferentes técnicas (que dá uma vantagem clara para a EMTr de alta frequência sobre o córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo) pode facilitar a sua indicação como um tratamento eficaz, tolerável, seguro e útil na redução ou remissão das perturbações de humor depressivas. Os seus efeitos, com uma significativa magnitude de resposta, altos índices de remissão e excelente aceitação, oferecem um perfil terapêutico muito recomendável.
O efeito antidepressivo foi comparado entre um grupo de mais de 700 pacientes que realizaram o tratamento, e um grupo de 650 pacientes no qual o tratamento foi simulado. Os resultados demonstraram uma redução quatro vezes superior no grupo que recebeu tratamento, o que, inequivocamente, comprova o seu benefício. Este efeito foi confirmado tanto para a depressão mono como bipolar.
Estes resultados, em conjunto com a evidência de que este efeito antidepressivo, uma vez obtido em 10 sessões, pode ser mantido a longo-prazo com sessões extra, mais espaçadas apenas para manutenção, fazem da EMTr uma alternativa terapêutica a considerar em todos os pacientes que não conseguem um controlo farmacológico satisfatório.