A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa e progressiva do sistema nervoso central, que se manifesta geralmente através de um conjunto de sintomas motores, tais como tremor, rigidez, lentidão e instabilidade postural.
Num estádio inicial, o conjunto de sintomas apresentado pode ser controlado através do tratamento farmacológico. Porém, com a progressão da doença, a medicação não consegue controlar completamente ou permanentemente os sintomas. Nesta fase, o acompanhamento por parte do Terapeuta Ocupacional torna-se fundamental, dado que o agravamento das capacidades limita significativamente a autonomia e o envolvimento em actividades quotidianas, como por exemplo:
- Auto-cuidados
- Alimentação
- Vestir-se
- Actividade laboral
- Actividades de lazer
A evidência científica demonstra que o acompanhamento clínico por parte de um Terapeuta Ocupacional potencia a melhoria do desempenho nas actividades quotidianas, contribuindo para a manutenção das capacidades funcionais do paciente.
Inicialmente, o terapeuta irá avaliar, com o paciente e os seus familiares, quais as preocupações e o que está a contribuir para o fraco desempenho nas actividades diárias, de forma a elaborar em conjunto um plano terapêutico individualizado.
Assim, e com base nos mais recentes estudos científicos, a intervenção do Terapeuta Ocupacional irá potenciar a melhoria do desempenho ocupacional, em qualquer estádio da doença, através de acções preventivas e de reabilitação, que visam:
- Treino de Actividades Básicas da Vida Diária e outras actividades significativas, que permitem a continuidade e qualidade do envolvimento;
- Aconselhamento de ajudas técnicas e produtos de apoio que permitem a autonomia;
- Desenvolvimento de actividades terapêuticas que estimulem motora e cognitivamente o paciente, com o objectivo de retardar o desenvolvimento da doença;
- Adaptação do ambiente, de forma a promover a segurança e autonomia no domicílio;
- Aconselhamento a familiares/cuidadores.
Em baixo, poderá ver algumas imagens de treinos de actividades básicas da vida diária.
Em suma, enfatizamos a importância do processo terapêutico-ocupacional que neste contexto contribui para a minimização dos sintomas da Doença de Parkinson e o impacto destes nas actividades quotidianas do paciente.