O envelhecimento normal está associado a determinadas alterações cognitivas, sendo as principais: a diminuição da velocidade de processamento, os défices inibitórios, a diminuição do controlo cognitivo, a diminuição das funções de processamento, e a diminuição das capacidades perceptivas e sensoriais.
O grau de alteração cognitiva ao longo do envelhecimento está dependente de várias características individuais e ambientais, tais como:
- Factores genéticos
- Escolaridade e especialização profissional
- Estilo de vida
- Actividade física e mental
- Contexto social e cultural
- Prática de treino cognitivo
Várias investigações têm vindo a demonstrar que o grau de escolaridade, um estilo de vida saudável, uma actividade profissional especializada e actividades cognitivamente estimulantes têm uma acção positiva em relação ao funcionamento cognitivo dos indivíduos durante o seu envelhecimento.
Por vezes, o declínio cognitivo é mais acentuado do que seria esperado para a idade, o que se pode traduzir num Défice Cognitivo Ligeiro (DCL). Aquando de um diagnóstico de DCL, é imprescindível que a estimulação/reabilitação cognitiva, bem como a reabilitação ou manutenção das capacidades de desempenho se inicie o mais rápido possível.
Associado a um programa de reabilitação cognitiva, as técnicas de estimulação cerebral não-invasiva têm vindo a demonstrar um efeito positivo quer na prevenção como no atraso no desenvolvimento da Doença de Alzheimer e outras demências, influenciando a cognição através da alteração da actividade neuronal, induzindo efeitos a longo prazo sobre a excitabilidade/inibição cortical e a plasticidade cerebral.
Recentemente, uma investigação realizada em indivíduos com declínio cognitivo com idades entre os 65 e os 89 anos, demonstrou uma melhoria significativa no envelhecimento cognitivo e atraso no desenvolvimento de demência, após a realização simultânea de sessões de treino cognitivo combinado com estimulação eléctrica transcraniana. Leia mais sobre estas técnicas, aqui.